AÇORES 10 ANOS

Por VALDIR REGINATTO

Eduquem as crianças e não terão que castigar os homens(Pitágoras)

Após estes dez anos de Clubinho , quando os fundadores já chegam perto da maioridade dos 18 anos, temos que lembrar que procuramos colaborar com esta mensagem do filósofo grego.

Eram apenas duas horas no Sábado de manhã, num clima de descontração e alegria, mas que temos certeza ajudou a gravar momentos de amizade que permanecerão para sempre.

Tudo começou nos jardins do Farid , que muito gentilmente cedeu para o futebol da garotada. Recordo-me muito vivamente da primeira manhã. Estavam lá eu ,André e  o Gonçalo , rodeado de uma dúzia de garotos sem saber ao certo como começar, o que fazer. Eram todos muito pequenos , seis a oito anos.

Com dois bancos , e mais as árvores do jardim, improvisamos uma quadra , um campinho para o primeiro futebol. Não havia camisetas, bola oficial, ou apito. Depois uma água para todos, e um papinho sobre aula de religião na Bíblia infantil.

Rapidamente, em semanas, já chegávamos em vinte crianças e começamos a perceber que era necessário “profissionalizar” o assunto. A casa foi ficando pequena e graças a colaboração de Da Clélia, nos transferimos para o Lar Escola São Francisco. Aquilo era enorme ! A primeira providência foi a reforma da quadra, compra de camisetas , bola oficial. Seguiu-se uma programação previamente planejada das atividades. O Clube explodiu para quase cinqüenta crianças de seis a dez anos. Foram divididas em dois grupos para melhor se aproveitar as atividades.

A participação dos pais era fundamental. Passeios a parques, museus, aeroporto... Mas sem dúvida alguma a maior atração foi a criação da Grande Olimpíadas Açores. Era fantástica ! Tínhamos seis equipes, três para cada nível (maiores e menores). Os países eram representados . As modalidades eram variadas : cabo de guerra, corrida, revezamento,  basquete, queimada, futebol, e a tão esperada maratona ! Ao termino uma apresentação cultural sobre o país. Os juízes convidados davam as notas e após a entrega de medalhas, um grande churrasco.

Vivia-se com o esforço dos coordenadores o lema: ORDEM, RESPEITO E AMIZADE, em todas as atividades.

Não podemos esquecer das reuniões mensais com os pais, em que procurávamos chamar a atenção para os principais pontos que envolvem a formação e educação dos filhos e o ambiente familiar.

O AÇORES sem dúvida , foi uma das atividades que me orgulho de ter participado, guardo com imenso carinho,  desejo aqueles que hoje o conduzem, que perseverem, porque VALE A PENA !

VALDIR REGINATO É UM DOS FUNDADORES DO CLUBE AÇORES

Açores - Melhores Momentos

Por Raul Mascarenhas

Falar dos melhores momentos do clubinho Açores é muito simples porque todos os momentos que passamos lá foram os melhores momentos! O convívio com os garotos foi para nós, pais e coordenadores, muito importante, aprendemos muito e nos divertimos muito também.

Cada Sábado era mais uma oportunidade que dispúnhamos para estarmos juntos, para por os assuntos em dia e aproveitar mais um dia de intensas atividades.

Para quem não sabe, chegamos a ter 40 meninos freqüentando o clubinho Açores todos os sábados, o que exigia muita atenção e organização da nossa parte, mas sempre se via um ambiente agradável, respeitoso e muito vivo. Só quem esteve lá sabe o que o clubinho significou para cada um de nós.

OS SORVETES

Uma passagem que me lembro e que acho muito engraçada, foi quando  chegamos de volta de um passeio e como era costume sempre fazíamos um final festivo com a distribuição de algum doce ou bombom para cada participante, mas aquele passeio tinha sido tão bacana, todos os participantes muito entrosados que me esqueci da surpresa guardada no porta-malas do meu carro e como ninguém perguntou sobre o que seria distribuído, todos começaram a se despedir e irem embora.

Quando me preparava para ir embora, abri o porta-malas do carro para guardar algumas coisas e estava lá! Uma geladeira de Isopor cheia de picolés. Que frustração, que furo, e o que fazer com tudo aquilo. Depois de me recompor da gafe e como os picolés já estavam 'pedindo para serem devorados' alguns sócios do clubinho que ainda estavam lá, foram os responsáveis pelo arremate da tão dura tarefa. Se não me engano, teve um garoto, que não posso revelar sua identidade, chegou a chupar apenas 14 picolés, mas garanto que foi um garoto!!!

VISITA AO CORPO DE BOMBEIROS

Outra passagem engraçada foi um passeio que fizemos visitando um quartel do Corpo de Bombeiros. Fomos recebidos e instruídos com muito profissionalismo e seriedade. Após as explicações fornecidas sobre as situações de resgate, seus equipamentos. todos fomos nos deliciar dando uma volta em nada mais, nada menos do que num caminhão tanque equipado com escada retrátil e tudo mais. Todos estávamos muitos ansiosos pelo passeio e com éramos muitos, fomos divididos em grupos para melhor organizar a “Mega Operação”.

Quando chegou a vez do meu grupo, lá fomos nós nos instalar dentro da viatura. Era garoto e pai espalhados por todo o canto do caminhão. Já prestes a iniciar o trajeto, dei uma verificada se todos estavam bem instalados e passei pela cabina do veículo e lá tínhamos um pai e três garotos, mas nenhum bombeiro. Um dos garotos não agüentando mais sua curiosidade me perguntou sobre uma “cordinha“ que estava quietinha e timidamente pendurada no teto do caminhão.

Como não sabia ao certo para que aquela cordinha servia e como ela realmente tinha uma aparência tão inofensiva, disse ao garoto que era para o co-piloto se segurar nas curvas mais violentas durante um percurso de emergência. Não deu outra o garoto se pendurou na cordinha e todos quase ficamos surdos, pois era aquela pequena cordinha que disparava a buzina especial do caminhão que já tivemos a oportunidade de escutar alguma vez, e que nos dá a sensação de que o mundo está desabando.

Ao soar aquela buzina o piloto do caminhão veio “voando” até nós e nos deu as devidas explicações sobre o uso da “cordinha” e que ela só era usada em casos de extremíssima necessidade o que não era o caso naquele momento.

Depois disso, fomos dar o nosso passeio de Caminhão de Bombeiros com direito a sirene e a muita folia, é claro!

Acho que poderia falar muito mais desses episódios, como por exemplo, num passeio no parque do Morumbi, quando um pai nos ensinava a fazer uma trilha pelo mato e despencou ladeira abaixo lambuzando sua calça inteirinha de barro ou quando se dava uma palestra aos garotos e todos estavam prestando atenção no futebol que rolava na quadra e por aí afora.

Todos lembramos com muito carinho desses momentos e não esqueceremos nunca do lema do clubinho: Ordem, Respeito e Amizade, que foi isso que todos nós vivemos lá e levamos esse lema para as nossas vidas.

J RAUL MASCARENHAS É UM DOS FUNDADORES DO CLUBE AÇORES

Parabéns do Lar Escola São Francisco

Por D. Clélia Salgado Teixeira

Presidente do Lar Escola São Francisco

O Lar Escola São Francisco – Centro de reabilitação e sede das atividades de lazer e entretenimento realizadas pelo Clube Açores, parabeniza-o pelos seus 10 anos de existência e reafirma seu apoio às iniciativas do clube, abrindo sua capela à celebração da Missa em Ação de Graças pela data festiva, no domingo dia 9 de março às 10h00.

Desejando sucesso sempre e muitos anos de saudável relacionamento entre seus participantes.

Espaço disponibilizado pelo LESF, aos sábados de manhã para o Clube Açores.

Quadra poliesportiva, área coberta, porteiro que recebe os pais e as crianças.

Ao fundo à direita a capela.

D. Clélia sempre apoiou as atividades do Clube Açores – Muito Obrigado

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

CANONIZADO EM 06/10/02

O QUE DIRIA O

‘SANTO do COTIDIANO’

EXTRAÍDO de DIVERSOS LIVROS

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

QUEM FOI:

‘Tenho um amigo que não cheguei a conhecer pessoalmente, mas o que já li sobre ele, me faz ter a segurança de que ele adorava as crianças, pois sempre falava de famílias numerosas e de lares felizes e luminosos. Passou a vida toda lutando para ser melhor e nos ensinou a não desistir, mesmo após uma queda. Trabalhadores, estudantes, donas de casa, enfim todos poderiam se tornar santos no seu dia a dia. ‘

A PARTIR DO LEMA DO

CLUBE AÇORES...

ORDEM:

v      “Virtude sem ordem?-estranha virtude.”

RESPEITO:

v      “Se a obediência não te dá paz, é que és soberbo”

AMIZADE:

v      “Nunca permitas que cresça a erva ruim no caminho da amizade: sê leal.”

Os Clubes Familiares

Por CLUBE AÇORES

Os clubes familiares são uma iniciativa de pais na busca constante por melhor educarem seus filhos dentro das realidades atuais, porém buscando os valores éticos e morais por vezes esquecidos por parte da sociedade.

          Estas iniciativas em alguns casos ultrapassam décadas, e têm aos olhos daqueles que as acompanham a grata satisfação de presenciar o crescimento de meninos, e agora vê-los crescidos, bem formados e com claro sentido de ‘valores’.

          Não se pode deixar de salientar a necessidade de um trabalho profissional, necessário na condução dessas iniciativas. Se desejarmos competir com TV, vídeo game, computadores, etc..., devemos pensar em atratividade o que pressupõe uma constante inovação de atividades.

Os pais não estão dispostos a deixar que a rua ou a TV venham a educar as suas crianças; não devemos retirá-las do mundo mas propiciar o cultivo de valores que os levarão a separar joio de trigo. Sem dúvida que por vezes é custoso acordar cedo aos sábados e conduzir os filhos aos clubinhos, mas devemos ter em mente que é parte de nossa responsabilidade, e certos do investimento no que é perene.

Este tipo de ‘trabalho profissional’ já era a menina dos olhos do recém canonizado (06/10/2002) São Josemaria Escrivá, que a muitos encarecia o valor da atividade de formação da juventude, não descartando a firme participação dos pais. Os clubes familiares jamais substituirão a ausência não justificada dos pais; e é por isso que o Clube Açores (meninos de 6 a 10 anos), anima a participação ativa dos pais, dentro das suas reais possibilidades estreitando esse elo entre eles, numa fase importante do crescimento das crianças.

Por fim exortamos os pais à não desanimarem nem mesmo perante o cansaço e o merecido descanso dos sábados, mas propomos uma mudança de atitude com atividades juntas: pais e filhos.

CARTA ENVIADA AO PORTAL DA FAMÍLIA(WWW.PORTALDAFAMILIA.ORG) EM 2002